Contra o vento do mundo, fugindo da descrença que nos afoga

Homilética dos Padres da Ilha de Patmos
CONTRA O VENTO DO MUNDO, Fugindo da descrença que nos faz afogar
Com efeito, a fé «é um acto pessoal: é a resposta livre do homem à iniciativa de Deus que se revela". Portanto é uma resposta que damos a Deus e que alguns dias podem ser mais certos e outros mais inseguros..

Autor:
Gabriele Giordano M. Scardocci, o.p.
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Caros Leitores da Ilha de Patmos,
cada pessoa que se torna nosso amigo sempre se conhece olhando para o rosto, vendo o olhar dele. Então ouvindo suas palavras, Surge em nós uma simpatia inicial que pode ser confirmada através dos gestos que ele nos expressa, tornando-se assim amigos. Por bem ou por mal, quem somos e quem é o próximo é sempre demonstrado pelos nossos gestos e palavras. Isto também acontece no Evangelho de hoje, em que Jesus se faz reconhecer na filiação divina a partir de suas ações.
Nas últimas semanas ouvimos vários discursos em parábolas do Senhor. Neste XIX Domingo do Tempo Comum encontramos um episódio que aconteceu no meio do mar. Aqui está a passagem: do discurso à ação de Jesus. Porque Deus acompanha sempre cada Sua Palavra para nós com um gesto e um sinal concreto.
Nesta passagem do Evangelho Jesus pede aos apóstolos que entrem no barco, que pouco depois se vê no meio de uma tempestade e obrigada a navegar contra o vento. Podemos compreender um pouco esta situação vivida pelos Apóstolos’ traga-o para mais perto de nós hoje. Tradicionalmente, para o barco, os Padres da Igreja sempre o interpretaram como o símbolo da Igreja, o navio de Cristo que nos faz navegar pelas águas do mundo. Ainda hoje a Igreja está na tempestade com o vento soprando contra ela, imersos numa sociedade contemporânea contrária a qualquer convite ou qualquer valor da nossa fé. A Igreja, composto por todos que o formam, clero, religiosos e leigos, move-se em águas tempestuosas contra o vento das modas materialistas.
Nós também como crentes nos encontramos nesta condição nas situações mais concretas: em família, no trabalho, com os amigos. Ancoremo-nos na força e na graça de Jesus que pode verdadeiramente ajudar-nos a ser testemunhas credíveis e crentes. O próprio Senhor dá um sinal aos seus apóstolos, para encorajá-los a seguir em frente e perseverar mesmo quando navegam em tempestades e contra o vento. Ele quer dar um sinal para testemunhar que é o Filho de Deus. É por isso que ele começa a andar sobre a água, mostrando que as águas que se opõem ao barco lhe são subservientes. Ele quer mostrar aos Apóstolos que, confiando-se verdadeiramente a Ele com profunda fé, eles serão capazes de acalmar essa tempestade. Esta é a reação dos apóstolos:
«Vê-lo caminhando sobre o mar, os discípulos ficaram chocados e disseram: “Ele é um fantasma!” e eles gritaram de medo. Mas imediatamente Jesus lhes falou, dizendo: “Anime-se, wsou eu, Não tenha medo!”»[MT 14,22-33].
Pedro decide andar sobre as águas, mas afunda, corre o risco de se afogar. Então Jesus, rapidamente, ele chega até ele e lhe mostra sua descrença que o levou a não confiar nele. Ela o pega pela mão e não o deixa se afogar. Então ele volta para o barco com Peter e, Finalmente, a tempestade pára. Só neste momento os Apóstolos o reconhecem como Filho de Deus.
As de Jesus são palavras dirigidas a todos nós, muitas vezes incrédulo e árido, incapaz de confiar nele. Nós, crentes, também podemos viver estes momentos de aridez, muitos santos e místicos também viveram lá, basta pensar na “noite escura do espírito” vivida durante quarenta anos por São João da Cruz.
Muitas vezes queremos fazer isso sozinhos independente da graça, ou sem graça, como diz o Santo Padre, arriscando assim cair no pelagianismo, aquela heresia do século V que afirmava que o homem poderia salvar-se e fazer coisas boas apenas com a sua própria força. Ao contrário, com palavras que considero doces e compreensivas, Jesus nos diz, como Pedro, ter uma fé simples e confiar-nos a Ele. Empregamos nossa responsabilidade, nossa virtude, vamos dar a verdadeira fé a Jesus e Ele será capaz de transformar cada momento da nossa vida em uma obra-prima, onde bloquearemos todas as tempestades espirituais e existenciais.
Hoje Jesus exorta-nos a tomar consciência da nossa incredulidade, dar o passo para sair disso, escapar desta pequena fé e também nós dizermos "Verdadeiramente tu és o Filho de Deus e és o Senhor da minha vida".
Peçamos ao Senhor a graça da fé viva e atuante no amor, poder olhar o mundo inteiro com olhos contemplativos cheios de sabedoria, para que o mundo nos devolva o projeto e o olhar de amor que Deus tem para todos nós.
Que assim seja.
santa maria novela em Florença, 13 agosto 2023
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