Aquela liturgia em que muitas vezes se participa sem saber o sentido e o significado do que está sendo recitado e celebrado. Comecemos com um breve percurso pelos Prefácios do tempo do Advento …

AQUELA LITURGIA DA QUAL FREQUENTEMENTE PARTICIPAMOS SEM SABER O SIGNIFICADO E SIGNIFICADO DO QUE RECITAMOS E CELEBRAMOS. COMECEMOS COM UMA BREVE VIAGEM PELO PREFÁCIO DO TEMPORADO DO ADVENTO...

Advento, tente vivê-lo e celebrá-lo nas igrejas, não em mídia social. E se você tiver alguma dúvida, ou coisas para esclarecer, voltem-se para nós Sacerdotes, que por mais inadequado que seja, pecadores, inepto e decepcionante - como muitos escrevem em seus desabafos na Internet - algo mais do que os teólogos improvisados ​​em o Facebook e Twitter, tenha certeza de que sabemos disso e podemos oferecê-lo a você, O tempo todo libertar a Dei de amor.

— Pastoral Litúrgica —

Autor
Simone Pifizzi

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Nota do editor: você tem Padri de A Ilha de Patmos um novo editor se juntou, o padre florentino Simone Pifizzi, pastor e liturgista [veja WHO]

Há muitos católicos, mesmo aqueles devotados e animados por uma fé sincera, desconhecem o significado das palavras ditas e dos gestos feitos pelo padre durante a Santa Missa. O rito sagrado que através da Santa Missa renova o sacrifício incruento de Cristo está cheio de sinais e símbolos, cada uma delas carregada de um profundo significado teológico e mistagógico. Como é sempre necessário explicar cada palavra, lembre-se que a “mistagogia”, palavra de origem grega, cujo significado é "iniciação nos mistérios", no léxico cristão indica a descoberta da nova vida de graça que recebemos por meio dos sacramentos. O Catecismo ensina:

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“A liturgia é o ápice para o qual tende a ação da Igreja e, juntos, a fonte de onde flui toda a sua virtude. A catequese está intrinsecamente ligada a toda ação litúrgica e sacramental, porque está nos Sacramentos, e sobretudo na Eucaristia, que Jesus Cristo age plenamente para a transformação dos homens" [cf.. n. 1074]. A catequese litúrgica visa introduzir no mistério de Cristo (é de fato “Mistagogia”) à medida que procede do visível para o invisível, do significante ao que é significado, dos "sacramentos" aos "mistérios" [cf.. n. 1075].

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Eu dizia que a sagrada liturgia é rica em sinais e símbolos, cada um dos quais tem um significado profundo. Até os silêncios ou acenos de reverência do Sacerdote têm seu significado teológico e mistagógico. Para entendê-lo, bastaria ouvir os mestres, em vez de perseguir teólogos e liturgistas improváveis ​​que reclamam mídia social. Vamos tentar esclarecer tudo com um exemplo tirado da Primeira Oração Eucarística, também disse Cânone Romano. No acima, onde é feita referência a comunhão dos santos o padre recita:

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«[…] Em comunhão com toda a Igreja, recordamos e veneramos sobretudo a gloriosa e sempre virgem Maria, Mãe de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo”..

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Mencionando a Bem-Aventurada Virgem Maria o Sacerdote insinua uma leve reverência com a cabeça, quando um pouco mais tarde ele menciona Jesus Cristo, sugere um arco mais profundo. Porque? A razão está contida nas próprias palavras: a "Virgem Maria Mãe" é uma criatura, isto é, uma criatura criada, que é venerado como tal (daí a leve reverência), enquanto Cristo é "nosso Deus e Senhor", que não é uma criatura, mas "gerado não criado da mesma substância que o Pai", ou seja, é Deus, então você ama isso. Estes são passos muito importantes, mesmo que nem sempre seja conhecido aprendiz de feiticeiro que de um dia para o outro começaram a "brincar" com o antigo Missal de São Pio V e que nunca perdem uma oportunidade, em suas exasperações você frequentemente beira a mariolatria, demonstrar a incapacidade de distinguir o Deus encarnado, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, da mais pura das criaturas, que, por mais imaculado, ainda permanece uma criatura criada, com a serena paz de quem a reclama como corredentora, apesar da clara recusa dos Sumos Pontífices, último na ordem da série Bento XVI e Francisco. Esta distinção substancial entre "criatura" e "Deus", na sagrada liturgia não se expressa com palavras e muito menos com lições de teologia dogmática, de cristologia ou mariologia, mas com dois arcos simples: uma luz para Maria criatura criada, um profundo, a Cristo Deus gerado não criado, que não precisa de corredentores e corredentores, como delicadamente expresso por Bento XVI, de uma forma um pouco mais “grosseira”, mas igualmente incisiva e clara, por Papa Francisco [cf.. Catequese sobre a oração – Rezar em comunhão com Maria].

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Disse amigavelmente: Padres des A Ilha de Patmos, quando celebram e assim exercem o a tarefa de santificar, Eles sabem o que eles estão fazendo. Quando assim ensinam e exercitam o a tarefa de ensinar, eles sabem bem o que ensinam. Sem fazer papel de bobo diante dos ouvintes como esses fenômenos circenses que preenchem suas sérias lacunas teológicas listando os doutorados teológicos obtidos. Claro, toda referência é completamente involuntária, para não falar casual…

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Na liturgia é chamado de Prefácio o louvor solene que introduz a Oração Eucarística e que constitui a sua primeira parte introdutória. Uma oração tanto no antigo missal de São Pio V quanto no missal de São Paulo VI começa em ambos com um diálogo entre o celebrante e os fiéis:

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O Celebrante: "O senhor esteja com você". as pessoas respondem: "E com o seu espírito". O celebrante retoma: "Levante Nossos Corações". As pessoas: "Eles são dirigidos ao Senhor". O Celebrante (acenando com a cabeça) "Damos graças ao Senhor nosso Deus". E o Povo conclui: "É bom e certo".

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A parte recitada apenas pelo celebrante segue, cuja secção central varia consoante a celebração, porque os prefácios são numerosos e por isso variam do Tempo Comum ao da Quaresma, do Advento ao Natal, da Páscoa ao Pentecostes, seguir com outros "próprios prefácios" usados ​​nas celebrações em memória da Santíssima Virgem, dos santos, dos mártires, dos mortos. Por esta razão a segunda parte é sempre variável, porque seu objetivo é explicar, como uma breve catequese, a razão pela qual a glória e a ação de graças de toda a Igreja universal são devidas a Deus. Tomemos como exemplo o III Prefácio da Bem-Aventurada Virgem Maria para compreender este elemento catequético contido na sagrada liturgia. Recite o texto:

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No anúncio do anjo, acolheu a tua Palavra no coração imaculado e merecia concebê-lo no ventre virginal; tornando-se a mãe de seu Criador, marcou o início da Igreja.

Ao pé da cruz, pelo testamento de amor do teu Filho, estendeu sua maternidade a todos os homens, gerado pela morte de Cristo para uma vida que nunca vai acabar.

Imagem e modelo da Igreja em oração, unidos na oração dos Apóstolos esperando o Espírito Santo.

Assumido à glória do céu, acompanhar a Igreja com amor materno e o protege em seu caminho para a pátria, até o dia glorioso do Senhor.

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Afinal a parte final, estruturalmente sempre o mesmo, exceto pela diferença de algumas palavras de um Prefácio para outro, cujo objetivo é introduzir o canto e a aclamação do sagrado de todo o Povo de Deus reunido em assembléia:

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E novembro, juntamente com os Anjos e os Santos,

nós cantamos sem parar

o hino do seu louvor: Santo …

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O tempo do Advento em que estamos prestes a entrar tem dupla função, como explicam as normas litúrgicas:

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«[...] É hora de se preparar para a solenidade do Natal, comemorando a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens e, ao mesmo tempo, é a hora em que, através desta memória, o espírito é levado à expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos» [cf.. Normas gerais para a organização do ano litúrgico e do calendário, n. 39].

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Ao longo dos séculos, o curto mas intenso tempo litúrgico “forte” do Advento sempre conservou estes dois grandes aspectos da preparação à celebração memorial do nascimento de Jesus Cristo no tempo e da esperar de seu glorioso retorno final. Estas duas dimensões são recordadas tanto pelos textos bíblicos como patrísticos utilizados tanto na celebração eucarística como na Liturgia das Horas. A este período que marca o mistério da encarnação do Verbo de Deus feito homem, da qual brotará a nova revelação e o mistério da salvação, precisamente por sua importância fundamental, grandes santos padres e doutores da Igreja lhe dedicaram escritos e sermões. Poderíamos citar apenas alguns, por Santo Irineu de Lyon [cf.. Lado de dentro, 1,88-95.99] a São Gregório Magno [cf.. Homilias 1, 8], por São Bernardo de Clairvaux [cf.. Quarto Discurso sobre o Advento 1. 3-4], seguir em tempos mais recentes com São Carlos Borromeu que explica como o tempo do Advento exige ser piedosamente santificado pelos homens [cf.. Cartas Pastorais].

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Entre os muitos textos que enriquecem a liturgia deste tempo litúrgico, os Prefácios próprios do Advento merecem particular atenção, que constituem em si um verdadeiro itinerário litúrgico-espiritual adequado para enriquecer a vida cristã.

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Para o tempo do Advento, o Missal Romano Italiano contém quatro textos: Os dois primeiros (eu e eu/a) eles são usados ​​desde o primeiro domingo do advento até 16 dezembro, segundos (II por II/A) para os dias restantes. Prefácios I e I/A enfatizam especialmente a vinda final de Cristo no fim dos tempos, no que é chamado Rússia. Os outros dois (II por II/A) são um convite a preparar o coração e a mente para a celebração da sua primeira vinda, sem perder de vista o destaque dado nos dois primeiros.

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Agora vamos aos textos, obviamente levando em consideração apenas a "parte móvel" ou a segunda parte do Prefácio, o que anteriormente indicamos e definimos como catequese.

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No I Prefácio do Advento a dupla vinda de Cristo é anunciada com estas palavras:

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"Em seu primeiro advento na humildade da condição humana, ele cumpriu a antiga promessa e abriu para nós o caminho da salvação eterna. Quando ele voltar no esplendor da glória, ele nos chamará para possuir o reino prometido que agora ousamos esperar vigilantemente na expectativa".

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O título já expressa todo o significado deste tempo litúrgico: memória da primeira vinda de Cristo na carne e antecipação de seu retorno glorioso. Três passagens importantes se destacam na primeira parte: a ênfase na humilhação do Filho de Deus, que imediatamente lembra o famoso hino cristológico:

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"Cristo Jesus, embora seja de natureza divina, Ele não teve por usurpação ser igual a Deus; mas ele se despiu, tomando a forma de servo, tornando-se em semelhança humana; apareceu na forma humana, humilhou-se a si mesmo tornando-se obediente até a morte e morte de cruz" [Fil 2,5-8].

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Segue o “cumprimento da antiga promessa”. Jesus, com sua encarnação, dá cumprimento final e definitivo a todas as profecias e promessas feitas aos Pais ao longo do Primeiro Testamento. Ou para citar a abertura solene da carta aos Hebreus:

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"Deu, que já havia falado em tempos antigos muitas vezes e de maneiras diferentes aos Padres através dos Profetas, recentemente, nesses dias, ele nos falou por meio de seu Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem também fez o mundo" [EB 1, 1-2].

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Afinal, na conclusão, a abertura definitiva - operada por Aquele que se apresentará como o Caminho, Verdade e Vida [cf.. GV 14, 6] - da salvação eterna e vida sem fim. A segunda parte nos leva ao fim dos tempos, onde a humildade será substituída pela glória. nesta glória, eterno e definitivo a Palavra introduzirá todos os que nele crerem e que com esperança, já nesta vida, eles olham neste momento.

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Gostaria de enfatizar a presença desses dois verbos que nos preocupam: um no futuro — «ele nos chamará para possuí-lo» e um no presente - «nos atrevemos» que dizem o "já e ainda não" no qual todo crente é inserido com o Batismo e que se renova em cada celebração eucarística e em cada sinal sacramental.

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No Prefácio I/A Cristo é celebrado, Senhor e juiz da história, através destas palavras de louvor:

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«Tu ocultaste de nós o dia e a hora em que Cristo, teu Filho,, Senhor e juiz da história, aparecerá nas nuvens do céu vestido de poder e esplendor. Naquele dia tremendo e glorioso o mundo atual passará e novos céus e uma nova terra surgirão. Agora ele vem ao nosso encontro em cada homem e em cada tempo, porque o acolhemos com fé e testemunhamos com amor a bem-aventurada esperança do seu reino".

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Neste texto, tudo está projetado na vinda final do Cristo glorioso. A linguagem é solene e enfática: "Senhor e Juiz", "vestido de poder e esplendor", "naquele dia terrível e glorioso". No entanto, este "ainda não" é comparado com o presente, em que cada crente é chamado a reconhecer a vinda de Cristo no rosto do irmão que encontra na vida quotidiana na experiência das três virtudes teologais aqui explicitamente referidas: Fé, Esperança e Caridade. A esperança, Virtude típica do Advento, é acolhida com Fé e testemunhada com uma autêntica Caridade.

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No Prefácio II temos as duas expectativas de Cristo retratado e explicado nestas palavras:

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«Ele foi anunciado por todos os profetas, a Virgem Mãe o esperou e o carregou em seu seio com amor inefável, João proclamou a sua vinda e indicou-o presente no mundo. O mesmo Senhor, que nos convida a preparar com alegria o seu Natal, encontre-nos vigilantes em oração, exultante em louvor".

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Texto educativo extraordinário que resume toda a história da salvação em preparação para a vinda do Filho de Deus na carne: o anúncio profético, a Santa gestação da Virgem, a pregação e o testemunho do Batista e que não só anuncia a vinda do Senhor, mas também tem a graça de ver a sua realização. O crente é convidado a alegrar-se porque Jesus já está presente e podemos experimentar esta presença tanto na oração pessoal, como "vigilantes na oração" e na litúrgica, ou: «regozijar-se no louvor».

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Prefácio II/A centra-se em Maria nova Eva, esclarecendo o papel que Deus lhe confiou no mistério da salvação, ou como dizem na economia [o grego economia] Salvação:

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« Nós te louvamos, nós te abençoamos, nós te glorificamos pelo mistério da Virgem Mãe. Do antigo adversário veio a ruína, do seio virginal da filha de Sião germinou aquela que nos alimenta com o pão dos anjos e surgiu a salvação e a paz para toda a humanidade. A graça que Eva tirou de nós é devolvida a nós em Maria. Nela, Mãe de todos os homens, maternidade, redimido do pecado e da morte, abre-se ao dom da vida nova. Onde a culpa abundava, vossa misericórdia abunda em Cristo nosso Salvador".

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O texto deste Prefácio de cunho mariano nos leva diretamente à contemplação da Virgem Mãe de Deus: santa Maria, protagonista por excelência dos últimos dias do Advento. Maria é comparada com Eva, usando a categoria de “maternidade”. Do ventre de Eva - tentado pelo Antigo Adversário, a serpente - surgiu uma humanidade marcada pela experiência do pecado, uma verdadeira "ruína". Maria é a nova Eva, a Mãe de uma nova humanidade, não tanto e não mais no sentido biológico, mas no sentido espiritual. Se por um lado é verdade que todos somos homens nascidos numa carne marcada pela experiência do pecado, a Encarnação do Verbo Divino - aqui primorosamente indicada com duas imagens de forte sabor bíblico: "pão dos anjos" e "rebentos" - escancara diante de nós o dom da Redenção e de uma vida nova, divino e espiritual. No último período as palavras do Apóstolo Paulo repercutiram quase literalmente:

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«A lei veio então dar plena consciência da queda, mas onde o pecado abundou, graça abundou, porque como o pecado reinara com a morte, assim reine também a graça com a justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor". [RM 5, 20-21].

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Isso é o que devemos sempre lembrar também, em todos os momentos da nossa vida, especialmente quando sentimos o peso de nossas deficiências, das nossas falhas, quando a vida parece uma ladainha de fracassos e até quando a própria fé corre o risco de fraquejar por causas internas e externas. por que sobre tudo, mesmo sobre o pecado, sua infinita misericórdia abunda, seu amor.

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Meditemos com atenção sobre estes textos que a Mãe Igreja nos dá para nos preparar para o nascimento do Senhor e muito mais para o nosso encontro pessoal com Ele, quando não o veremos mais como em um espelho, mas cara a cara, e nós o conheceremos como agora somos reconhecidos por ele [cf.. 1 CR 13, 12].

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Termino com uma recomendação: o advento, tente vivê-lo e celebrá-lo nas igrejas, não em mídia social. E se você tiver alguma dúvida, ou coisas para esclarecer, voltem-se para nós Sacerdotes, que por mais inadequado que seja, pecadores, inepto e decepcionante - como muitos escrevem em seus desabafos na Internet - algo mais, em comparação com teólogos improvisados ​​em o Facebook e Twitter, tenha certeza de que sabemos disso e podemos oferecê-lo a você, O tempo todo libertar a Dei de amor.

Florença, 17 novembro 2022

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