Eleições políticas 2022. A verdade vai te fazer livre e feliz. À redescoberta da pessoa e do bem comum

Padre Gabriel

ELEIÇÕES POLÍTICAS 2022. A VERDADE VAI TE FAZER LIVRE E FELIZ. À REDESCOBERTA DA PESSOA E DO BEM COMUM

 

O Bem Comum busca a perfeição e nos lembra que a escolha política é sempre uma escolha em andamento. As perfeições, condições de vida mudam e mudam, exatamente como as festas: é preciso um coração e um olhar atento aos sinais dos tempos e aos outros que vivem em estado de pobreza material, morais e espirituais.

- Realidade -

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Autor:
Gabriele Giordano M. Scardocci, o.p.

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artigo em formato de impressão PDF

 

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O ano era 2005. Como jovem estudante universitário de filosofia na universidade estadual Sabedoria Tive que fazer uma das primeiras escolhas acadêmicas da minha vida. O currículo da época exigia que eu fizesse uma escolha de especialização, então escolha qual assunto específico eu me aprofundaria dentro dos ramos filosóficos.

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Depois de cuidadosa reflexão e oração, Amadureci com a ajuda de Deus, o desejo de continuar meus estudos com especialização em filosofia política. Isso implicava que os cursos e pesquisas que eu realizaria também abordariam as áreas da filosofia moral e do direito.. O tema mais recorrente naqueles anos entre nós, jovens estudantes e jovens filósofos, era mais ou menos sempre o mesmo: que relação existe entre o cidadão e a instituição? Entre o todo e a parte?

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Depois de entrar na vida religiosa esse assunto continuou a me interessar. Até porque tive bons professores de teologia moral e de doutrina social da Igreja que souberam expor de forma rigorosa e sistemática o pensamento da Igreja sobre questões sociopolíticas. Agradeço a esses professores, muitos dos quais são meus irmãos, porque com as suas lições de hoje permitem-me expressar algumas reflexões sobre as próximas eleições políticas nas quais todos teremos a oportunidade de participar como cidadãos.

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O cenário político atual, como conhecido, está dividido em três grandes partidos, com as nuances internas necessárias: Certo, Esquerda e Terceiro Pólo. assim, à nomenclatura e divisão típica da política italiana no início do século XX, encontramos também a inclusão de um pólo centrista. Esta é portanto a realidade que aparecerá no boletim de voto que o eleitor católico abrirá e no qual terá direito de voto.. Já o Padre Ivano se expressou em outro artigo muito bonito e profundo.

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Estamos, portanto, num sistema democrático onde todos somos chamados a ser responsáveis ​​pelo Bem Comum.

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Sobre democracia, eu sempre amei, li e meditei várias vezes nas belas palavras de Annus, encíclica social que recomendo a todos os católicos que leiam e meditem profundamente:

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«A Igreja aprecia o sistema de democracia, uma vez que assegura a participação dos cidadãos nas escolhas políticas e garante aos governados a possibilidade de elegerem e controlarem os seus próprios governantes, e substituí-los pacificamente, onde isso for apropriado. Essa, Portanto, não pode favorecer a formação de grupos de gestão limitados, que por interesses particulares ou fins ideológicos usurpam o poder do Estado [1]».

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Agora democracia, como Aristóteles já ensina em Política, se mal governado, por livre escolha ou incompetência, facilmente se torna demagogia. Não vou entrar em muitos detalhes para não divagar, mas também me lembro dos estudos sobre democracia, que pode facilmente assumir formas ditatoriais ou totalitárias [2]. Na prática o que o Padre Ariel analisa em uma de suas obras como «o fenómeno da democracia sem liberdade». Qual é a base democrática que evita esses desvios?? Ela mesma explica Annus:

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«[...] A democracia autêntica só é possível num estado de direito e com base numa concepção correta da pessoa humana. Requer que existam as condições necessárias para a promoção de pessoas individuais através da educação e formação em verdadeiros ideais, e da “subjetividade” da sociedade através da criação de estruturas de participação e corresponsabilidade [3]

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O primeiro e verdadeiro pilar da sociedade é então a pessoa humana. Muitos livros foram escritos sobre o conceito de pessoa, tanta tinta foi derramada em tantas reflexões, em que talvez mil páginas não seriam suficientes. Portanto a pessoa é o centro propulsor e intensivo das ideias, ações e valores para a sociedade civil e para a Igreja. Portanto, toda democracia deve defendê-la, promovê-lo e educá-lo em valores cívicos e universais. Cada Igreja local deve santificá-lo, ensine-lhe a doutrina justa e guie-a no caminho da santidade.

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O convite a esta redescoberta do homem na sua liberdade e vocação à sociabilidade vem diretamente de Deus que criou o homem à sua imagem e semelhança. Como o Deus Unitrino, ele é um em natureza, mas triplo em pessoa, assim, ao criar-nos, ele, por sua vez, deu-nos a possibilidade de sermos pessoas e de vivermos de acordo com a liberdade e a relação com os outros. Jesus pede aos apóstolos que sejam a luz do mundo. Para guiar cada pessoa à verdade e ao bem. Isto permite-nos introduzir o segundo grande pilar da sociedade e do Estado, segundo a Igreja: o bem comum.

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Vimos que o documento de São João Paulo II fala sobre participação e corresponsabilidade na escolha democrática. Isso porque tem por trás uma grande tradição católica e reflexão sobre o tema do Bem Comum, como o segundo grande pilar da Sociedade. Cada pessoa é um centro se também souber descentralizar. Se ele souber sair de si mesmo para se entregar para se encontrar numa comunhão coletiva que ao mesmo tempo respeite a sua individualidade, mas também saiba elevá-la. Cada pessoa é relacional e é chamada à comunhão social e eclesial. Ela é chamada por um caminho de verdade e bem. Isso é: o Senhor nos convida à verdade que nos liberta para fazer o bem. Jesus então disse aos judeus que acreditaram nele:

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«Se você permanecer fiel à minha palavra, vocês serão verdadeiramente meus discípulos; você conhecerá a verdade e a verdade o libertará" [GV 8, 31-32].

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O Compêndio da Doutrina Social da Igreja expressa o conceito de Bem Comum de forma clara e concisa:

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«Da dignidade, a unidade e a igualdade de todas as pessoas derivam antes de mais nada do princípio do bem comum, ao qual todos os aspectos da vida social devem se referir para encontrar pleno significado. Segundo um primeiro e amplo sentido, por bem comum entendemos "o conjunto daquelas condições de vida social que permitem tanto às comunidades como aos membros individuais, alcançar a perfeição de forma mais completa e mais rápida". O bem comum não consiste na simples soma dos bens particulares de cada sujeito do corpo social. Sendo de cada um, é e continua sendo comum, porque é indivisível e porque só juntos é possível alcançá-lo, cultivá-lo e protegê-lo, também com vista ao futuro. Como se realiza a ação moral do indivíduo ao fazer o bem, assim a ação social atinge a sua plenitude através da realização do bem comum. O bem comum, na verdade, pode ser entendida como a dimensão social e comunitária do bem moral”.[4].

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O bem comum como um conjunto de condições para alcançar maior perfeição da pessoa. Acho que nunca encontrei uma definição mais bonita e mais completa do Bem Comum, em todos os autores que estudei e escrevi durante meus anos de universidade e mesmo depois. O Bem Comum como tensão rumo à perfeição está em primeiro lugar, apelo à valorização e ao reconhecimento do próximo - com o nosso trabalho (fundação da constituição italiana), com respeito pelos deveres cívicos - o vizinho que é tu que Deus colocou na nossa nação italiana e com a qual devemos conviver de forma responsável.

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Em segundo lugar, o Bem Comum busca a perfeição, lembra-nos que a escolha política é sempre uma escolha em curso. As perfeições, condições de vida mudam e mudam, exatamente como as festas: é preciso um coração e um olhar atento aos sinais dos tempos e aos outros que vivem em estado de pobreza material, morais e espirituais.

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Aqui, assim, os dois pólos que todo católico deve ter em mente ao comparecer à seção eleitoral. E que todo deputado ou senador católico deve ter sempre em mente, se ele for eleito, e aparecerá no Parlamento.

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Se talvez isso fosse para os teólogos do teclado e suas besteiras expostos nas cadeiras do rede social vai parecer um discurso abstrato e bonito na teoria, mas na prática é absolutamente impraticável, será mais uma vez a prova de como esta geração de Idade digital ela é talvez uma das mais ignorantes da história, mas ao mesmo tempo acredita ser a mais inteligente de todos os tempos. Porque é uma daquelas gerações digitais que pensa em dividir teoria e práxis, mas ele não sabe nada de nenhum dos dois. Dito isto, este é o lembrete em consciência dos princípios morais e sociais que devem nos guiar. Não tenho intenção de oferecer sugestões eleitorais ou partidárias. A minha tarefa como sacerdote e teólogo consiste, portanto, apenas em recordar esses valores fundamentais para todos os fiéis e em encorajá-los a vivê-los de forma coerente.. Para imitar aqueles que incorporaram esses valores no passado. A sua actualização também será explicitada pelas circunstâncias desde o início do epiquéia quem poderá sugerir aos leitores.

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Concluo perguntando a você rezar pela nossa Itália, para que redescubra também os valores do secularismo - contra o secularismo vigente - e saiba fazer dialogar a fé, cultura e teologia, entre católicos e homens de fé distantes, sempre com a boa vontade de servir o indivíduo e o Bem Comum.

Doce Jesus Jesus amor (St. Caterina da Siena)

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Roma, 23 setembro 2022

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NOTA

[1] Annus, 46.

[2] Indico você a quem desejar se aprofundar nas informações necessárias J. Talmon, Nas origens da democracia totalitária, The Mill, Bolonha, 1967.

[3] Annus, 46.

[4] Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 164.

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3 respostas
  1. piertoussaint
    piertoussaint diz:

    Caro padre Gabriel,
    nós de “Alternativa para a Itália” siamo lieti di farLe sapere che il nostro programma per le prossime elezioni ci pare soddisfi pienamente tutti i requisiti da Lei giustamente segnalati. Nosso programa, conciso, è infatti leggibile al seguente link:

    https://www.facebook.com/popolodellafamigliafirenze/posts/pfbid02Ghi6pYShqvqh6ZvoK3wsWeoPCY1msFimnFHMMA5NvZuHDAQn3GcsJqG3p5wGkSCyl

    Como você vê, per nostra stessa natura, che ci viene dall’ispirazione alla DSC, abbiamo posto un’attenzione particolare alla promozione delle piccole e piccolissime imprese, nonché alla tutela della vita dal concepimento alla morte naturale, e alla effettiva libertà di educazione per i genitori, tramite il buono scuola a costo standard. Tutto questo ci differenzia profondamente dagli altri partiti, come può vedere ancora al link precedente.
    Afinal, porgiamo alla Sua attenzione, tramite il seguente link:

    https://www.youtube.com/watch?v=rUeeJRn4YJY

    anche un intervento video di Mario Adinolfi, alla tribuna elettorale su RAI3, a 9 setembro passado, che ci pare ben approfondisca quanto abbiamo scritto sopra.
    Sinceramente,Pier Luigi Tossani, referente APLI per Firenze

  2. hector
    hector diz:

    Irei votar e com responsabilidade – in pace con la mia coscienzavoterò quella persona e quel partito che, Na minha opinião:
    meglio difendono i principi e gli insegnamenti cristiani a tutela della maternità e della vita dal concepimento fino alla morte, do matrimónio e da família, della libertà di scelta educativa e di cura, dell’obiezione di coscienza;
    assicurano il rispetto della dignità di ogni persona bisognosa o anziana, prestando loro per solidarietà la necessaria assistenza in ambito economico, sociale e sanitario,
    favoriscono lo sviluppo della libera iniziativa in campo lavorativo, social, economico e politico nel rispetto del principio di sussidiarietà.
    ci sarebbero molti altri punti qualificanti…. ognuno selezioni ed aggiunga i suoi propri.

    Sono e voglio restare uno spirito libero.

    Fatelo anche voi, andate a votare per il Bene Comune degli italiani.

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