A educação “Sacramentum” e abusos litúrgicos: diga isso aos bispos, não diga a Mark Zuckerberg e Elon Musk
EDUCAÇÃO O SACRAMENTO DA REDENÇÃO E O ABUSO LITÚRGICO: DIGA AOS BISPOS, NÃO DIGA A MARK ZUCKERBERG E ELON MUSK
No fondo, a pensar nisso, toda comunidade de fiéis sempre acaba tendo o padre que merece, exatamente como nós sacerdotes, que muitas vezes acabamos "condenados" a um justo e merecido castigo para ter os bispos que merecemos.
— Pastoral Litúrgica —
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eunosso irmão Ivano Liguori tratou do problema dos abusos litúrgicos, ainda que no caso concreto o abuso tivesse conotação de sacrilégio perpetrado durante a celebração da Santa Missa [cf.. WHO, WHO, WHO, WHO].
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Em linguagem litúrgica costuma-se falar do Cânon da Santa Missa. A palavra estoque canon é a norma precisa a ser seguida para celebrar o culto divino. A taxa é, por natureza, fixa e rígida. Infelizmente, quando certos termos são usados, hoje muitos tendem a torcer o nariz porque não sabem o verdadeiro significado das palavras e acabam confundindo "fixo" com fixismo e "rígido" com rigidez. nada mais errado. O celebrante é um instrumento fiel e escrupuloso da sagrada liturgia, não mestre ou mestre arbitrário, pior que nunca: criador gratuito. A sagrada liturgia investe a vida de toda a Igreja universal, do qual é uma expressão e oração comum de louvor a Deus. Abusar criativamente da sagrada liturgia significa torná-la instável e retirar aquela dimensão unívoca, oração comum e universal. É por isso que o abuso litúrgico, seja pequeno ou grande, dá origem a uma dupla fratura: com a comunhão da Igreja e com a sua dimensão de universalidade. Recordamos que a etimologia da palavra "católico", dal greco por toda parte, significa universal e, portanto, indica sua universalidade.
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O 25 Março 2004, Solenidade da Anunciação do Senhor, “por disposição do Sumo Pontífice João Paulo II, elaborado pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, de acordo com a Congregação para a Doutrina da Fé” a Instrução foi emitida Sacramentum. Subtítulo: «Sobre algumas coisas que se devem observar e evitar acerca da Santíssima Eucaristia».
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O fechamento final deste Documento, com os assuntos envolvidos, imediatamente nos faz entender que não se trata de uma série de recomendações piedosas, mas de um texto que obriga a consciência e a prática, e quem não cumpre comete um verdadeiro abuso, cuja gravidade pode atingir o ponto de verdadeiro sacrilégio, como infelizmente também vimos recentemente.
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Alguém vai se opor que assim se cortam as asas da iniciativa e da criatividade. Geralmente esses tipos de objeções saem da boca daqueles que fizeram do relativismo - uma verdadeira grande doença corrosiva da Igreja contemporânea - uma espécie de norma normanda não normata, esquecendo que a Igreja, de um tesouro que é tão absoluto, porque foi deixado de presente pelo Divino Redentor, é o goleiro, nenhum amante. Na liturgia eucarística a Igreja celebra a perene atualização da ação salvífica do Senhor Jesus em sua vida, em sua paixão, em sua crucificação, em sua morte e ressurreição [cf.. n. 40], para isso após a consagração das espécies sagradas, o Povo de Deus aclama o corpo vivo e o sangue de Cristo presente na alma, espírito e divindade:
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"Nós anunciar sua morte, Senhor, proclamamos a tua ressurreição, esperando sua vinda".
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Há uma pergunta básica que perpassa toda a educação: é realmente necessário prestar atenção aos abusos litúrgicos? Não basta reafirmar a importância e a necessidade de seguir as normas litúrgicas segundo o espírito do Concílio Vaticano II que afirma:
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«o culto público integral é exercido pelo Corpo Místico de Jesus Cristo, isto é, da Cabeça e seus membros. Como resultado, cada celebração litúrgica, como obra de Cristo sacerdote e do seu Corpo que é a Igreja, é ação sagrada por excelência» [Santo Conselho, n. 7].
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Nas colunas desta revista Foi explicado várias vezes ao longo dos anos que se, depois de seis décadas desde o encerramento de um grande concílio ecumênico, a Igreja se viu forçada a publicar dois documentos corretivos muito particulares - estes são os senhor Jesus creafirma a singularidade salvífica de Cristo e da sua Igreja, seguir com o Sacramentum em que ele se refere aos fundamentos básicos da Ars celebrandi - algo deu errado. Dito isto, é bom esclarecer que não foi o Conselho que falhou, elemento de necessária renovação pastoral de que a Igreja necessitava, exatamente como era há quatro séculos, outro grande Concílio, o de Trento. Para mau funcionamento, de fato às vezes muito mal, foram os intérpretes pós-conciliares do chamado espírito do Concílio que muitas vezes acabaram gerando uma ideia do Concílio toda sua. foi isso que não funcionou e gerou os problemas que infelizmente temos que lidar hoje. Quem tira proveito de certos dados objetivos, da perplexidade doutrinária aos abusos litúrgicos muitas vezes quase institucionalizados, imputar a culpa ao último Concílio da Igreja, um dos dois: ou pecado de profunda ignorância, ou, por pura ideologia, conscientemente reside.
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Na Carta Encíclica Igreja da Santíssima Eucaristia educação anterior por um ano Sacramentum o Santo Pontífice João Paulo II recorda que as normas litúrgicas
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“são uma expressão concreta da autêntica eclesialidade da Eucaristia; este é o seu sentido mais profundo. A liturgia jamais é propriedade privada de alguém, nem do celebrante, nem da comunidade em que os Mistérios são celebrados. O sacerdote que celebra fielmente a Missa segundo as normas litúrgicas e a comunidade que a elas se conforma demonstram, de forma silenciosa mas eloquente, seu amor pela Igreja" [cf.. n. 52].
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Obviamente isso não é suficiente apenas uma participação externa, porque celebrar a Eucaristia requer fé, esperança e caridade. A esse respeito, a Instrução afirma Sacramentum:
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“Uma observância puramente externa das regras, como é evidente, entraria em conflito com a essência da sagrada liturgia, em que Cristo Senhor quer reunir a sua Igreja, por que é, com ele, “um só corpo e um só espírito”. O ato externo deve ser, Portanto, iluminados pela fé e pela caridade que nos unem a Cristo e uns aos outros e geram amor aos pobres e aflitos".
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Abusos sempre existiram, também na chamada "Missa Eterna", neologismo inventado por cuja mente, brincando com latim, ignora não só a história da liturgia, mas a mesma história da Igreja. No entanto, é bom lembrar que, no que diz respeito à celebração eucarística, nem todos os abusos têm o mesmo peso. Se de fato pode acontecer de errar inadvertidamente a cor de uma vestimenta sagrada, usar erroneamente um prefácio comum quando a liturgia prevê um dos seus próprios, ou usar músicas inadequadas, neste caso estamos no reino do erro humano. Outros abusos ameaçam em vez disso: ou invalidar o que está sendo comemorado, ou manifestar uma absoluta falta de fé eucarística, produzindo efeitos devastadores sobre o Povo de Deus, numa decadência cada vez mais elevada e inquietante do culto eucarístico e da percepção da sua sacralidade que rege a própria estrutura da Igreja, que é em si mesmo um mistério eucarístico, porque se fundamenta no corpo e no sangue do Verbo de Deus feito homem. Outros abusos, ao contrário, correm o risco de gerar confusão entre o povo de Deus, ou mesmo para profanar a própria celebração. É por isso que o abuso não pode ser encarado levianamente, como se fossem … excessos de criatividade.
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Uma coisa é certa: todos os membros da Igreja precisam de formação litúrgica, que infelizmente está faltando hoje. O Concílio Vaticano II especifica que é absolutamente necessário dar o primeiro lugar à formação litúrgica do clero [cf.. Santo Conselho, n. 14]. Mas também é verdade que existem em um ou outro contexto eclesial, abusos que contribuem para obscurecer a fé correta e a doutrina católica sobre este maravilhoso Sacramento [cf.. Igreja da Santíssima Eucaristia, n. 10]. O Sacramentum especifica que "Os abusos são muitas vezes enraizados em um falso conceito de liberdade" [cf.. n. 7]. “Atos arbitrários, na verdade, não contribuem para uma efetiva renovação" [cf.. n. 11]. É bom esclarecer o que foi reafirmado em vários atos e documentos do magistério: “Tais abusos nada têm a ver com o autêntico espírito do Concílio e devem ser corrigidos pelos Pastores com atitude de prudente firmeza” [cf.. João Paulo II, 40 aniversário da Constituição conciliar sobre a Liturgia, Carta apostólica Espírito e noiva, n. 15]. A Instrução esclarece o mesmo Sacramentum:
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“Para aqueles que modificam os textos litúrgicos por sua própria autoridade, é importante ressaltar que a sagrada liturgia está intimamente ligada aos princípios da doutrina, e o uso de textos e ritos não aprovados, consequentemente, faz com que ele enfraqueça, ou se perder completamente, a ligação necessária entre o a lei da oração e a Lex credendi» [cf.. n. 10], (conhecida expressão latina que na linguagem da sagrada liturgia significa: a lei da oração é a lei da crença).
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Para crentes católicos ler esta Instrução seria de fato muito instrutivo, não é por acaso que se chama Educação. Certamente será muito mais instrutivo do que procurar respostas improváveis sobre mídia social, se não pior, improvisar liturgistas e dar respostas que muitas vezes não se é capaz de dar, contribuindo desta forma apenas para gerar confusão e polêmica estéril, mas sobretudo para aumentar o desconhecimento de muitos que, em números crescentes, mas eles assumem que sabem. Com efeito, se a Igreja põe à disposição dos fiéis certos textos e documentos, é precisamente para instruí-los também sobre como é bom e adequado reagir aos abusos litúrgicos de certos celebrantes. Portanto, pouco adianta culpar o padre forja de abusos litúrgicos em uma página o Facebook. A Igreja indica precisamente quais são os erros e abusos que nenhum celebrante deve cometer, após o que indica aos fiéis como agir e a quem contatar. Ele não os exorta a ir em busca de respostas improváveis onde é impossível encontrá-las., ou pior argumentar onde a polêmica acabará sendo algo apenas um fim em si.
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Muitos seriam exemplos, vamos escolher um ao acaso: várias vezes aconteceu a nós padres cobrar o desconforto dos fiéis que reclamavam do uso injustificado de ministros extraordinários da Comunhão, se alguma coisa, enquanto o celebrante estava sentado na sede e um casal de leigos distribuía a Santíssima Eucaristia. Estamos, sem dúvida, diante de um grave abuso, a própria Instrução o especifica esclarecendo:
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«É condenável a prática daqueles Sacerdotes que, embora presente na celebração, porém, abstêm-se de distribuir a Comunhão, confiando esta tarefa aos leigos" [cf.. n. 157].
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Essa regra, por sua vez, foi precedida vinte anos antes por uma responder da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos [11 julho 1984: AAS 76 (1984) p. 746]. Esta delicada tarefa confiada aos leigos é em si um ministério totalmente extraordinário, de fato, diz respeito aos ministros ordenados, ao presbítero e ao diácono, distribuir a Sagrada Comunhão aos fiéis. Apenas nos casos em que os ministros ordenados não são suficientes para o grande número de pessoas, apelo pode ser feito aos ministros da Comunhão, que exercem um ministério totalmente extraordinário.
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Diante de abusos desse tipo e aos inúmeros outros descritos nesta Instrução, em que não seria possível habitar, os fiéis católicos são obrigados a entrar em contato com seu bispo, certamente não é um o Facebook e Twitter, porque nossas dioceses não são governadas por Mark Zuckerberg ou Elon Musk, que, entre outras coisas, não pode exercer nenhum poder sobre os sacerdotes ou admoestá-los por qualquer motivo.
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Diante das responsabilidades objetivas de nosso clero, defeituoso e pecaminoso, nós não recuamos, de fato, somos os primeiros a admitir os erros óbvios de alguns ou muitos de nossos confrades que infelizmente parecem às vezes comemorar quase com os pés. No entanto, as responsabilidades desses fiéis não são menos graves, ou presumido tal, que em vez de informar o bispo, como eles deveriam fazer, eles acham que podem reclamar com o trapo de suas roupas mídia social, ainda melhor se por trás de um nome de fantasia, porque nesse caso eles se tornarão extremamente agressivos e severos, em vez de agir como Deus manda e assumir todas as suas responsabilidades como crentes católicos, simplesmente informando o bispo.
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No fondo, a pensar nisso, toda comunidade de fiéis sempre acaba tendo o padre que merece, exatamente como nós sacerdotes, que muitas vezes acabamos "condenados" a um justo e merecido castigo para ter os bispos que merecemos.
Florença, 10 dezembro 2022
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